Missão cumprida

Valdir Bicudo – O filósofo da arbitragem

O colunista sempre está em cima do lance para avaliar o desempenho do árbitro, o inimigo número um das torcidas.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Missão cumprida

A direção da CBF anunciou na terça-feira (27/9), a troca no comando do seu Comitê Árbitros, que era presidido por Sérgio Corrêa da Silva (foto). O indigitado dirigente esteve à frente do setor do apito da entidade em duas oportunidades.

Equilibrado, carismático, inteligente, honesto, pragmático, programático, visionário, Sérgio Corrêa deixa a direção da arbitragem brasileira pela porta da frente por onde entrou com galhardia. 

Na segunda estada como dirigente máximo dos homens do apito, Sérgio Corrêa, revolucionou e organizou o Comitê de Árbitros da CBF – foram criados vários departamentos que foram divididos e subdivididos, e entregues a pessoas com identidade com os homens de preto, que desenvolveram cursos, seminários, palestras em diferentes partes do território brasileiro à arbitragem com eficácia. Medidas que proporcionaram ao árbitro do futebol pentacampeão, atingir o grau de reconhecimento de excelência que ostenta na atualidade.

A nova missão de Corrêa na CBF será viabilizar os mecanismos necessários a implementação dos testes sobre árbitro de vídeo (AV), que deve ser testado em competição a ser definida no próximo mês de outubro.

Aliás, o (AV) transformará o futebol. Dará uma nova dinâmica as decisões da arbitragem, um outro contexto, um novo talhe, o cenho da televisão.

Seu sucessor, Marcos Marinho, independente das nuances inerentes de cada indivíduo quanto assume um setor da magnitude que é a direção do Comitê de Árbitros da CBF, recebe um legado com uma estrutura de arbitragem, similar ao Comitê de Árbitros da FIFA, CONMEBOL e da UEFA.

Espera-se que Marcos Marinho, não ressuscite alguns “cadáveres” da arbitragem brasileira, que encontram-se sepultados no cemitério da incompetência, sejam eles árbitros, assistentes, observadores e/ou delegados especiais.

PS: E, por derradeiro, que o brilhante trabalho de renovação que vinha sendo realizado com os apitos e bandeiras promissores do futebol brasileiro, não seja interrompido em benefício daqueles que jazem no cemitério da incompetência. Me perdoem pela redundância.

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Autor: Sérgio Corrêa

Árbitro na Federação Paulista de Futebol (1981-2001) e da Confederação Brasileira de Futebol (1989 a 2001); Ocupou cargos administrativos no Sindicato dos dos Árbitros de futebol-SP, entre 1990-93 e 1996-03, Eleito e reeleito presidente para dois mandatos: o primeiro compreendido entre 03/02/2003 a 08/04/207 e o segundo, de 09/04/2007 a 08/04/2011. Deixou a função para assumir a presidência da CA-CBF. Pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol ocupou os cargos de secretário-geral, entre 25/10/1997 e 13/05/2003. Na Comissão de Arbitragem da CBF, foi secretário-geral entre 28/10/2005 e 06/08/2007. Nomeado presidente da CA-CBF em duas oportunidades, a primeira entre 07/08/2007 a 22/08/2012, e a segunda, de 13/05/2014 a 28/09/2016. Também foi diretor-presidente da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, entre 07/01/2013 a 12/05/2014. Chefiou o DA de 22/08/12 a 25/04/22 e liderou o projeto de árbitro assistente de vídeo junto a FIFA de 15/09/2015 a 25/04/2022. Retornei do Rio de Janeiro, em 28/04/2022. Missão cumprida !

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