“Árbitros do ES estão entre os melhores do Brasil”, afirma chefe da CBF, veja!
18 de Abril de 2013 às 17:08
Por Ruy Monte (rmonte@eshoeje.com.br)
Foto: Fernando Quintiliano
O chefe do Departamento de Árbitros da CBF e diretor presidente da Escola Nacional de Árbitro, Sergio Correa (fotos), elogiou a arbitragem do Espírito Santo. “Sem duvida que nesses dez anos os árbitros do Espírito Santo se destacam entre os melhores do Brasil. Não foi atoa que Wallace Valente foi considerado o segundo melhor do Brasileirão de 2012.
Atualmente temos o Devarly do Rosário, Marcos André, o Pablo Alves que é carioca, mas atua no futebol capixaba há alguns anos. Uma das revelações, ao meu modo de ver, é o Felipe Varejão. Há outros bons árbitros aqui no Estado”. Confira abaixo a entrevista exclusiva dada ao jornal ESHOJE:
ESHOJE: O que o senhor atribui esse sucesso dos árbitros do Espírito Santo?
Sergio Correa: O Espírito Santo foi o primeiro estado que realizou a pré-temporada para árbitros de futebol para atuarem nas competições estaduais e nacionais. Isso trouxe um avanço e fez com que os árbitros aqui do estado se destacassem em seu trabalho. Acho que esse foi o tom, ou seja, o bom trabalho da comissão de arbitragem do estado. O fato do estado ter um futebol na série D faz com que os capixabas se tornem árbitros neutros e isso facilita a escala deles e estão aproveitando bem.
Qual o principal objetivo do Curso Futuro III?
A Fifa, a partir de 2006, implantou o projeto “Futuro III” em todos os cinco continentes, com a finalidade de aperfeiçoar os instrutores de cada país Sul Americano, e depois que ele leve novos conhecimentos que certamente se estenderá aos árbitros de todos esses países. Isso fará com que todos estabeleçam o mesmo critério de arbitragem.
Como está sendo avaliado o arbitro brasileiro?
A arbitragem brasileira é muito bem conceituada em todo o futebol mundial, haja visto que foi um árbitro do Brasil que apitou as duas finais de Copa do Mundo, no caso, Arnaldo César Coelho e Romualdo Arpi Filho. Isso graças a qualidade das competições aqui no Brasil, que é o Brasileirão série A, que é a quarta competição de futebol do mundo.
Foto: Fernando Quintiliano
E o sensor que vai definir se a bola entrou ou não no gol, será aplicado quando?
Foram três anos de estudos e já há menos de 15 dias há uma empresa alemã que vai fabricar as bolas. Esse foi um recurso criado na utilização de um chip na bola foi aprovado e está sendo providenciado pela CBF e pela FIFA para ser utilizado na Copa das Confederações. Já existe todo o aparato falta apenas colocar em prática, com as orientações dos instrutores, para que repassem aos árbitros e eles convivam bem com este novo modo de solução na arbitragem. Quando a bola passar da linha do gol, o relógio do árbitro vai bipar e, consequentemente, o gol é marcado pelo árbitro.
E como a comissão de arbitragem vem analisando os erros, às vezes gritantes, da arbitragem em jogos, principalmente, dos brasileiros realizados ultimamente?
Fica difícil controlar o ser humano que erra normalmente, porque acham que o árbitro não pode errar. O que temos feito quando selecionamos alguém para ser um arbitro de futebol, é analisar o seu caráter, sua determinação e a vontade que tem de acertar. Erros existem em toda profissão. Cada um deles sabe que procuram fazer o melhor. Mesmo com toda a televisão mostrando, faz com que o árbitro se sinta mais responsável e atento. Isso às vezes exige mais e a ansiedade atrapalha.