Entrevista – Epílogo.

Com orgulho colaborei muito com dois trabalhos que resgatam a história da arbitragem paulista e nacional. O primeiro relembra os árbitros que atuaram de 1971 a 2007. A outra edição traz os 106 de arbitragem no Paulistão.

51 – Dentro da área social. o que o SAFESP fez no seu mandato (2003 a 2007)?

R – O principal foi o seguro de vida, os tratamentos psicológico e odontológico, cestas básicas para casos especiais, convênios com descontos, etc.

Na área cultural foram publicamos os seguintes trabalhos: a) livro com o programa de trabalho da administração; b) cinco edições do Livro de Regras; c) duas edições de Perguntas e Respostas; d) uma edição de Instruções Adicionais; e) uma edição Lista Telefônica;f) uma edição de artigos dos árbitros; g) uma edição do Código de Conduta e Bons Costumes; h) uma edição do Estatuto Social; e, i) Livro dos 25 anos de fundação do SAFESP

Deixei com o Dárcio Pereira mais dois novos trabalhos engatilhados. O primeiro diz respeito as Estatítisticas da Arbitragem Brasileira, de 1967 a 2007 que só não foi divulgado pois resolvemos incluir a Copa do Brasil (1989 a 2007). O segundo trata dos 106 de arbitragem no Paulistão. Serão dois trabalhos históricos que, com a tecnologia atual poderá ser atualizado facilmente. Tudo que pensei ser possível fazer foi feito e até as comemorações do 27º aniversário de fundação do Sindicato, a diretoria deve disponibilizar tais obras aos interessados

52 – Dirigentes e colaboradores do sindicato se beneficiam das escalas da FPF ou do SAFESP?

R – Não. Isto é lenda. Veja a história de cada um deles.

53 –  Com o surgimento das Cooperativas, qual será a função dos Sindicatos?

R – O Dárcio e sua diretoria estão reestruturando a entidade para conviver com este novo e especial momento.

54 – Cooperativas vieram pra ficar ou são nuvens passageiras?

R – A diferença é que todos são donos e devem participar mais, pois uma decisão da diretoria obriga ao cumprimento de todos. Lucros e déficits m ser  divididos. Se der algum problema, o que não acredito, o cooperado responderá com seus bens.

55 – O quadro de Associados diminuirá com as Cooperativas?

R – Não posso adivinhar. As questões devem ser resolvidas com calma. O Dárcio tem tudo isto e ele espera que os árbitros possam ajudar a manter a entidade fundada há 27 anos.

56 – Quem representara os árbitros, os Sindicatos ou as Cooperativas?

R – E uma questão interessante. Cada um tem sua atribuição. As idéias divulgadas pelo secretário-geral da Cooperativa de empréstimos pessoais, doações de cestas, seguro para carro, pessoal, etc. será importante. Vamos ver se será possível colocar em prática e se conseguirem será muito bom para os cooperados. A diferença é que a cooperativa permite este sistema, o sindicato não.

57 – De onde o Sindicato retirará os recursos para se manter?

R – O Dárcio está trabalhando para isto, porém, mesmo a distância acredito ser possível e temos lastro para isto. É a velha fórmula: se tiver um real, gaste noventa centavos e guarde os ouros dez. O Dárcio tem dito que conversou com o presidente da FPF. Dr. Marco Polo Del Nero sobre isto. No final, os árbitros não abandonarão, pois o papel do Sindicato é de defender os interesses gerais, inclusive no Congresso Nacional.

58 – Fale dos sonhos, tristezas e alegrias.

Sonhos – Na arbitragem, além de trabalhar pela arbitragem poder auxiliar na criação da Classificação Nacional dos Árbitros para que os árbitros possam ter a certeza de que a pessoalidade não interferirá na sua carreira. O importante é que o árbitro tenha mecanismos de defesa. Ele deve saber aonde e para onde vai. Quanto a vida pessoal, todos os sonhos foram realizados e outros serão.

Alegrias – Muitas, principalmente aquelas que envolvem familiares, nosso principal esteio nesta vida.

Tristeza – A perda do meu pai, o velho Dico, um sábio; dos meus sogros, Ernande e Geralda, da minha tia Esmeralda, da avó materna e de saber que o tempo demora muito para nos apresentar o lado interno de algumas pessoas.

59 – Qual o futuro da arbitragem brasileira? Quem vai para a Copa 2010 e 2014?

R – Falta muita coisa. Com o apoio do presidente Ricardo Teixeira, temos muitas atividades pela frente que, em resumo, serão: estabelecer plano de carreira com a criação de categorias; elevar o treinamento integrado (físico, técnico, prático e mental); espalhar o material didático; elevar o número de instrutores; ter um preparador físico e um psicológico; melhorar no que for possível a condição de trabalho; enviar nas 27 federações um instrutor técnico e um físico para repassar todo o trabalho; súmula e relatórios dos observadores on-line; enfim, muito trabalho.

Em que pese carregar o apelido de “Bruxo”, não tenho poder de prever o futuro, apenas de achar. Para a Copa de 2010? temos o Leonardo Gaciba, Carlos Simon e o Salvio Fagundes cocmo candidatos. Agora, para 2014, os mais antigos Paulo César e Heber Lopes e os novos que virão poderão ter suas oportunidades de buscar a vaga. Somente não comentei do Seneme, pois ele precisa retornar a lista, superar a parte física. Acredito que superando e retornando será um forte concorrente. Agora, que fique claro aos linguarudos de plantão: quem escolhe os nomes dos árbitros para suas competiçoes é a Comissão de Arbitagem da FIFA. Em relação aos Assistentes, atualmente cabe ao árbitro designado a escolha dos que lhe acompanharão. Aqui uma sugestão: não escolher o amigo, mas o profissional que possa atingir todos os indices previstos e que a cada ano aumenta.

60 – Uma mensagem para o futuro.

R – A Deus pertence!

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Autor: Sérgio Corrêa

Árbitro na Federação Paulista de Futebol (1981-2001) e da Confederação Brasileira de Futebol (1989 a 2001); Ocupou cargos administrativos no Sindicato dos dos Árbitros de futebol-SP, entre 1990-93 e 1996-03, Eleito e reeleito presidente para dois mandatos: o primeiro compreendido entre 03/02/2003 a 08/04/207 e o segundo, de 09/04/2007 a 08/04/2011. Deixou a função para assumir a presidência da CA-CBF. Pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol ocupou os cargos de secretário-geral, entre 25/10/1997 e 13/05/2003. Na Comissão de Arbitragem da CBF, foi secretário-geral entre 28/10/2005 e 06/08/2007. Nomeado presidente da CA-CBF em duas oportunidades, a primeira entre 07/08/2007 a 22/08/2012, e a segunda, de 13/05/2014 a 28/09/2016. Também foi diretor-presidente da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, entre 07/01/2013 a 12/05/2014. Chefiou o DA de 22/08/12 a 25/04/22 e liderou o projeto de árbitro assistente de vídeo junto a FIFA de 15/09/2015 a 25/04/2022. Retornei do Rio de Janeiro, em 28/04/2022. Missão cumprida !

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