Do futsal para a arbitragem. Da carreira militar para o apito. Do exemplo do avô até o Projeto de Renovação de Arbitragem Brasileira (PRAB) da CBF. Essas são histórias do início da caminhada de alguns árbitros e assistentes que estão participando da Turma III do curso, realizado de 1º a 10 de agosto, em Águas de Lindóia (SP).

Aos 13 anos, Luciano Borges jogava futsal em sua escola, em Imperatriz (MA), e já exercia a função de árbitro ao final das aulas. Hoje, aos 26, exibe o orgulho de ter escolhido a área.

– Quando terminava o treino de futsal, o professor pedia para os alunos apitarem. E ali fui pegando o gosto. Nessa época, machuquei o joelho e, para não agravar, parei de jogar. Para não sair do futebol, decidi entrar na arbitragem. Entrei na liga da cidade em 2012 e no ano seguinte estava como assistente no profissional. Do ano passado para cá fui sendo orientado até virar árbitro. Fiz todo o treinamento para virar árbitro. Não imaginava estar aqui, a sensação é ótima – contou o árbitro maranhense.

Há dois anos em Tocantins, Eduardo Fernandes sempre sonhou em ser jogador de futebol. Nascido no Rio de Janeiro, o árbitro fez uma pausa dos campos para entrar na carreira militar. Foi quando recebeu um convite e enxergou a oportunidade de seguir próximo ao mundo da bola.

– Cheguei aqui pelo prazer de jogar futebol. Já como militar, um colega me falou do curso de arbitragem e então vi a oportunidade de conhecer os estádios, os clubes e seguir na área. Fiz o curso no Rio de Janeiro em 2011 e fiquei dois anos. Atuei no Maracanã, em São Januário, vários estádios, mas sempre em jogos de categorias de base. Depois fui para Tocantins, onde cheguei ao profissional. Esse ano, inclusive, apitei a final do Estadual. Hoje estou muito bem lá e não quero sair. Agora estou galgando uma vaga no quadro da CBF e espero chegar até a FIFA. Tenho idade e objetivo para alcançar o que estou buscando e até lá vou continuar estudando e trabalhando forte – afirmou o árbitro, de 30 anos.

A paixão pela arbitragem do caçula do grupo é hereditária. Acostumado com o ofício do avô, Lucas Girard teve a família como exemplo para chegar à função de assistente. O jovem de 19 anos é nascido em Macapá, capital do Amapá.

– Meu avô era árbitro e passou para o filho dele, meu tio, até chegar a mim. Eu era jogador até os 17, mas tive que parar porque machuquei o joelho. Sempre tive um pouco de noção de como era (ser árbitro), já que tinha essa base na família. Sempre via o livro de regras e eles me ensinaram a disciplina e o respeito ao árbitro. Comecei o curso de arbitragem da Federação Amapaense em novembro do ano passado e termina no início do ano que vem. Está sendo tudo novo. Agora estou do outro lado e sei que tenho que passar para o jogador tudo o que está na regra para fazer um bom espetáculo – declarou o jovem assistente.

Os 20 árbitros e assistentes foram indicados pelas Comissões de Arbitragem das seguintes federações: Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba e Tocantins. O PRAB – III Turma acontece de 1º a 10 de agosto, no Resort Oscar Inn, em Águas de Lindóia (SP).

Confira a lista dos participantes:

Helder Brasileiro – árbitro (AL)
Ruan Silva – assistente (AL)
Freddy Fernandez – árbitro (AM)
Odenilson Monteiro – assistente (AM)
Samuel Santos – árbitro (AP)
Lucas Girard – assistente (AP)
Bruno Vasconcelos – árbitro (BA)
Luanderson dos Santos – assistente (BA)
Adriano Carneiro – árbitro (CE)
Eleutério Marques Junior – assistente (CE)
Anderson Gonçalves – árbitro (GO)
Hugo Corrêa – assistente (GO)
Luciano Borges – árbitro (MA)
Raphael Max Pereira – assistente (MA)
Luiz Paulo Pinheiro – árbitro (MT)
Renan Angelim – assistente (MT)
Renan Albuquerque – árbitro (PB)
Schumacher Gomes – assistente (PB)
Eduardo Fernandes – árbitro (TO)
Natal da Silva Junior – assistente (TO)