Adicionais fixos

07/02/2017 16h29 – Atualizado em 07/02/2017 16h29

CBF quer investir em treinos e formar times de árbitros com adicionais fixos

Após erro no Campeonato Carioca, Coronel Marinho, chefe de arbitragem da CBF, destaca importância do entrosamento entre árbitros e revela planos para o Brasileirão

Por Bruno Giufrida, Rio de Janeiro

Os polêmicos árbitros adicionais, aqueles que ficam atrás dos gols, voltaram ao Campeonato Carioca em 2017 após dois anos. Já na terceira rodada, um erro decisivo: Leandro Newley Belota não viu que a bola saiu pela linha de fundo e, na sequência do lance, o Botafogo fez o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Macaé. Para evitar falhas desse tipo, a CBF quer investir mais em treinamentos.

Chefe de arbitragem da CBF, Coronel Marinho assistiu ao lance que gerou, inclusive, o afastamento de Leandro Newley. Ele entende que uma boa seleção dos árbitros adicionais e mais horas de treinamento podem, sim, diminuir a margem de erro.

– Precisa de treinamento, selecionar as pessoas. Os adicionais, no Brasileirão, vão continuar apitando em outras séries, mas (na Série A) serão sempre os mesmos. Isso é para facilitar o trabalho, o entrosamento. A orientação correta do posicionamento também é importante. São coisas que vamos corrigindo. Vamos chamar atenção (de quem errar). Vamos registrar esse tipo de lance, analisar e entender por que ele não viu que a bola saiu – explicou Marinho.

No Campeonato Brasileiro, que também terá o retorno dos adicionais, haverá uma tentativa de formação de “times”. Marinho acredita que, com mais entrosamento, os árbitros se comunicarão melhor para evitar mais erros. A quantidade de jogos das séries A e B, porém, dificultam: são 10 por rodada em cada uma delas.

– Tenho a informação de que os árbitros preferem atuar com o adicional, porque têm ângulos diferentes. Tudo depende do planejamento (para formar times). Isso é difícil, mas vamos tentar fazer com que três grupos que atuem sempre juntos. Estamos estudando ainda. Isso é fundamental e funcionou em São Paulo. Aqui (no Brasil) temos problemas de distância, mas vamos tentar – completou.

Gaciba opina

Leonardo Gaciba, ex-árbitro e comentarista de arbitragem da TV Globo, também vê importância no entrosamento entre os profissionais, mas destaca a importância de mais treinamento.

– O entrosamento é bom em qualquer função. Um profissional que trabalha um ano com outro tem um tipo de postura. No fim da minha carreira, eu tinha uns assistentes em quem confiava muito. E o contrário também existia. O que me preocupa é exatamente a questão do treinamento: quanto tempo, como pretendem fazer esse treinamento… Duas horas num fim de semana? Isso não é tempo suficiente para um trio entrosado. Precisaria de um trabalho. Aí volta a velha discussão: se eles fossem profissionais, teriam cinco horas por dia de treinamento – lamenta.

Em contrapartida, Gaciba também vê pontos positivos no retorno dos adicionais:

– Não vejo como uma perda de poder (aos árbitros). Acho que, na verdade, são mais quatro olhos para ajudar o árbitro central a tomar a decisão correta. O importante é a decisão final ser correta. O problema é que tem pouco treinamento para esses profissionais e acabamos vendo esse tipo de erro (como no jogo do Botafogo).

http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/noticia/2017/02/cbf-quer-investir-em-treinos-e-formar-times-de-arbitros-com-adicionais-fixos.html

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Autor: Sérgio Corrêa

Árbitro na Federação Paulista de Futebol (1981-2001) e da Confederação Brasileira de Futebol (1989 a 2001); Ocupou cargos administrativos no Sindicato dos dos Árbitros de futebol-SP, entre 1990-93 e 1996-03, Eleito e reeleito presidente para dois mandatos: o primeiro compreendido entre 03/02/2003 a 08/04/207 e o segundo, de 09/04/2007 a 08/04/2011. Deixou a função para assumir a presidência da CA-CBF. Pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol ocupou os cargos de secretário-geral, entre 25/10/1997 e 13/05/2003. Na Comissão de Arbitragem da CBF, foi secretário-geral entre 28/10/2005 e 06/08/2007. Nomeado presidente da CA-CBF em duas oportunidades, a primeira entre 07/08/2007 a 22/08/2012, e a segunda, de 13/05/2014 a 28/09/2016. Também foi diretor-presidente da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, entre 07/01/2013 a 12/05/2014. Chefiou o DA de 22/08/12 a 25/04/22 e liderou o projeto de árbitro assistente de vídeo junto a FIFA de 15/09/2015 a 25/04/2022. Retornei do Rio de Janeiro, em 28/04/2022. Missão cumprida !

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