O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, deixou de lado o silêncio e saiu em defesa de seus pares após acusações seguidas de beneficiamento ao Corinthians, líder do Brasileirão e campeão simbólico do primeiro turno. Em entrevista ao programa Primeiro Tempo, do canal por assinatura Bandsports, o dirigente questionou, entre outros pontos, a própria incompetência dos atletas e a incoerência quanto aos resultados recentes do Atlético, um dos clubes envolvidos nas polêmicas, que no ano passado eliminou Corinthians e Flamengo nas semifinais da Copa do Brasil, por exemplo.
“Não é defender a arbitragem. É falar o que de fato aconteceu de verdade. A gente está cansado de ouvir pessoas darem as soluções para a arbitragem, só que não conseguem nem resolver os problemas internos de suas equipes. Os árbitros são seres humanos que erram tanto quanto seus jogadores, que são profissionais. Eles falam de incompetência da arbitragem, mas quando o atacante perde um gol, quando um jogador toma um cartão de forma bisonha deveriam vir a público falar da incompetência de seu jogador. Eles vão continuar errando porque são seres humanos”, disparou Sérgio Corrêa.
“Quando um jogador perde um gol ele também prejudica a classificação da equipe. Cansa esse discurso preparatório para as próximas rodadas. Ouvir que A, B ou C está sendo beneficiado por A ou B. Ano passado, na Copa do Brasil, quando o Atlético foi campeão, ele ganhou do Corinthians e do Flamengo. Nos últimos anos, Corinthians, Botafogo e Palmeiras caíram para a segunda divisão, então não tem benefício”, complementou.
Sérgio Corrêa ainda questionou o trabalho da imprensa na repercussão da polêmica. “Não concordo. Qual foi o erro que beneficiou o Corinthians? É um absurdo o que vocês (imprensa) fazem. Existe um ser humano atuando e só. Enquanto vocês ficarem vendo teoria da conspiração, vai ser a mesma ladainha todo ano. Vocês falam em polêmica num lance acertado. Até os acertos são questionados no Brasil”, criticou.
Finalizando sua participação no programa televisivo, o dirigente ainda deu fim à polêmica mão na bola ou bola na mão. Segundo Sérgio definir regra não é coisa da CBF.
“Quem tem que determinar isso é a Fifa. Se vocês assistirem os vídeos que eles passaram vão entender as decisões dos árbitros. Vocês vão ver que acertamos mais do que erramos”, finalizou.