As Seleções Brasileiras Masculina e Feminina não vão ser as únicas representantes do país no futebol dos Jogos Olímpicos. Sandro Meira Ricci e seus auxiliares Emerson de Carvalho e Marcelo Van Gaase, além da também auxiliar Neuza Back, que vai trabalhar no torneio feminino, serão o Brasil na arbitragem da Rio 2016. A expectativa dos escolhidos pelo Comitê Olímpico é a mesma dos atletas e eles também querem fazer bonito trabalhando em casa.

Em conversa com a série “Papo Olímpico”, o mineiro Sandro Meira Ricci, integrante do quadro da Fifa desde 2011, mostrou muita alegria por ter sido escolhido e pela reedição da parceria com seus auxiliares, com quem trabalhou na Copa do Mundo de 2014, também em solo brasileiro. Antes de ter a certeza de que realmente estaria nos Jogos, o árbitro revela que a expectativa era muito grande.

– Recebi a notícia há cerca de dois meses. Obviamente que havia expectativa, uma vez que a gente se prepara durante toda a carreira para representar a CBF nas principais competições internacionais. No caso da Olimpíada, eu estava preparado e aguardando as notícias. Temos dez árbitros Fifa no Brasil, qualquer um poderia ser selecionado para os Jogos e eu tive essa sorte de ser selecionado para o maior evento desportivo do mundo, juntamente com os meus dois companheiros, o Emerson (de Carvalho) e o Marcelo Van Gaase. É um sonho de todos, tanto de atletas, árbitros e até dos próprios espectadores da Olimpíada e é mais uma etapa da carreira que foi cumprida – destaca.

Por tudo o que representa a Olimpíada, Sandro Meira Ricci destaca este como um dos grandes momentos de sua carreira. O árbitro trata a possibilidade de poder atuar na competição como um reconhecimento de seu trabalho ao longo dos anos e mostra um grande orgulho por representar o Brasil na categoria.

– A convocação para um evento internacional não sai do dia para noite. É fruto de uma observação constante da Fifa das nossas atuações, seja no âmbito internacional ou nacional. Poder ser convocado para uma competição do porte da Olimpíada é, com certeza, motivo de orgulho. Na verdade, é uma grande recompensa pelo trabalho e dedicação ao longo de uma carreira – enfatiza.

Além de trabalhar, Sandro Meira Ricci pensa em participar dos Jogos Olímpicos também de outra maneira: curtindo. O árbitro deixa claro que o objetivo principal é conseguir boas atuações nas partidas em que for escalado, mas faz planos para os dias de folga.

– Existem dias em que a gente tem uma folguinha maior na preparação e quero aproveitar para curtir também a Olimpíada como espectador. Nosso foco, obviamente, é na preparação para o futebol, para poder ter uma boa atuação e representar bem a CBF, a Conmebol e a Fifa na arbitragem, mas a gente quer aproveitar também para participar também da olimpíada como espectador – afirma.

Ao mostrar uma grande vontade para acompanhar os Jogos de outra forma, Sandro revela um apreço por outro esporte além do futebol: o atletismo. O árbitro diz que a modalidade representa bem o espírito da Olimpíada e conta que chegou a abrir até o site da Rio 2016 em busca de ingressos. Por fim, ele torce e espera para um bom desempenho de todos os brasileiros em geral.

– Se eu pudesse escolher um esporte além do futebol, acho que escolheria o atletismo. Acho que traz um pouco da magia das Olimpíadas. Estou atrás de ingressos, entrei até no site da Rio 2016 para saber quais estavam disponíveis para compra. Com certeza, conforme a agenda de preparação, vou querer aproveitar as folgas previstas para participar. Foi feito um investimento grande em todas as áreas e a minha torcida vai ser por todos os atletas brasileiros – finaliza.

Além do árbitro Sandro Meira Ricci, a Série Papo Olímpico conversou com os 18 jogadores convocados pelo técnico Rogério Micale para os Jogos do Rio de Janeiro e exibe uma entrevista por dia. Confira em www.cbf.com.br.