Sinbaf, 16 de outubro de 2015
Durante toda sua trajetória, ele fez parte do quadro da Federação Bahiana de Futebol (FBF). Por dez anos, também integrou o quadro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Após se aposentar dos campos, Andrade ainda atuou na arbitragem, quando presidiu o Sindicato Baiano dos Árbitros de Futebol (Sinbaf). Em entrevista ao portal Sinbaf, o ex-árbitro contou detalhes da sua passagem pelo Sindicato e das suas atuações como profissional do apito.
Confira o resultado do bate-papo abaixo:
Sinbaf: O que te fez escolher ser árbitro de futebol? O que a profissão representa na sua vida?
Fernando Andrade – O gosto pelo esporte, especificamente futebol e através de influência de amigos.
Sinbaf: Quando começou a carreira?
Formei na turma de 1982 e ao término do curso logo ingressei no quadro da federação bahiana de futebol (FBF).
Sinbaf: Quantos anos teve de carreira e quantos ficou no quadro da FBF e CBF?
Passei 26 anos na FBF, por 10 anos fiz parte do quadro nacional.
Sinbaf: Quantos jogos apitou em toda a carreira? Qual deles considera o mais importante, aquele que nunca esquecerá?
Não tenho dados completos, mais tive um número expressivo de atuações.
Sinbaf: Como você enxerga a arbitragem brasileira hoje? Evoluiu?
A nossa arbitragem está em uma fase um tanto quanto difícil, ou seja, em alguns setores houveram algumas melhorias no entanto no geral ela continua estatizada.
Sinbaf: E a arbitragem baiana? Vê novas revelações surgindo que possam manter o nível da arbitragem da Bahia?
No momento estamos limitados a dois ou a três árbitros a nível de apitar grandes jogos, no entanto para surgimento de novos bons profissionais (…).
Sinbaf: O que você acha que falta ao árbitro de futebol em termos de apoio e estrutura para desempenhar a profissão?
Em primeiro lugar a profissão deve ser reconhecida, e que suas federações respeitem essa profissionalização e os árbitros devem procurar respeito, ter confiança em se próprio e não se envolver com trapaças de dirigentes.
Sinbaf: Qual seu ídolo na arbitragem e por quê?
Não tive ídolos na arbitragem, tive sim respeito a todos os companheiros.
Sinbaf: Você após se aposentar da arbitragem em campo presidiu o Sinbaf. Como foi sua experiência à frente do Sindicato? E as dificuldades?
Foi uma experiência válida, onde tive a condição de fazer avaliação de pessoas perfis pensamentos e opiniões, procurei sempre respeitar a individualidade de cada um, ouvindo, respeitando e se fazendo respeitado. As dificuldades foram muitas, principalmente a financeira, no entanto consegui fazer dois mandatos na entidade com vitórias e também derrotas, ao final me sinto gratificado.
Sinbaf: Que conselho você dá para aqueles jovens que têm o sonho de se tornar árbitros de futebol?
Que lutem pelos seus ideais se dediquem procurando sempre o respeito a todos e nunca se tornem reféns de dirigentes.