VAR acertou 98%

Por Sérgio Rangel — Rio de Janeiro

 


Leonardo Gaciba faz apresentação sobre o uso do VAR — Foto: Sérgio RangelLeonardo Gaciba faz apresentação sobre o uso do VAR — Foto: Sérgio Rangel

Leonardo Gaciba faz apresentação sobre o uso do VAR — Foto: Sérgio Rangel

Presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Leonardo Gaciba apresentou, nesta segunda-feira, os números do árbitro de vídeo (VAR) no auditório da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Segundo o chefe dos árbitros, houve 98% de acerto dos lances nas decisões capitais (gols, expulsões, erros de identificação e pênaltis) com a ajuda do novo sistema até a 14ª rodada da Campeonato Brasileiro.

De acordo com Gaciba, sem o VAR, 77,4 % dos lances capitais foram acertados no mesmo período. O chefe da arbitragem informou que os árbitros erraram apenas em 10 lances capitais neste ano com a ajuda do vídeo contra 88 em 2018. Os jogos do último fim de semana do Brasileiro não entraram no levantamento da entidade.

– Isso é uma melhora de 90%. Eu enxergo o copo meio cheio. O auxílio do VAR é indispensável hoje em dia. A reclamação dos clubes diminuiu muito. Os acertos da arbitragem brasileira crescem – disse Gaciba

Gaciba faz apresentação sobre o VAR — Foto: Sérgio RangelGaciba faz apresentação sobre o VAR — Foto: Sérgio Rangel

Gaciba faz apresentação sobre o VAR — Foto: Sérgio Rangel

Na apresentação desta segunda, o chefe da arbitragem afirmou que o índice de acertos em situações de pênaltis foi de 91,76 % com o VAR, sendo 27 erros corrigidos, ante 68,23% no ano anterior. O VAR ainda acertou 93,5% nos impedimentos, segundo a entidade.

– O VAR mostra que a velocidade do jogo acabou vencendo o olho humano – disse Gaciba

A análise usou 139 jogos para contabilizar os números do VAR. Segundos os dados apresentados, foram 764 checagens e 87 revisões, com uma média de 6,12. Em 90% das ocasiões, o árbitro de vídeo concordou com a decisão de campo.

– Queria agradecer ao clubes brasileiros pela aprovação do árbitro de vídeo. Eles estavam certos. O que parece fácil na TV não é tão fácil no campo de jogo – explicou Gaciba.

Gaciba na apresentação sobre o VAR — Foto: Sérgio RangelGaciba na apresentação sobre o VAR — Foto: Sérgio Rangel

Gaciba na apresentação sobre o VAR — Foto: Sérgio Rangel

 

O maior número de checagens foi para a marcação ou não de gol: 385, o que equivale a 50,4% do total. Em 255 oportunidades, houve checagem de pênaltis (33,4%). Os outros itens checados foram cartão vermelho (15,2%) e erro de identidade (1%).

Em 69 das 87 revisões, o árbitro mudou sua decisão depois da análise do vídeo, o que corresponde a 78% do total. Gaciba disse que existe a consciência da necessidade de melhorar no tempo de tomada de decisão. No Brasileiro, a média é de um minuto e 54 segundos.

Minha preocupação maior é o equilíbrio entre a precisão e a fluência. Tentar fazer a coisa da forma mais rápida possível sem perder acima de tudo a precisão – disse Gaciba, que tem como objetivo pessoal chegar a uma média de um minuto e 20 segundos por revisão.

A partir da primeira rodada do segundo turno, os telespectadores terão acesso nas transmissões aos lances observados pelo árbitro no momento da revisão, segundo Gaciba. Para o mesmo acontecer no estádio, a CBF ainda trabalha com a questão de logística para poder fazer o mesmo. Segundo ele, o custo total do VAR para CBF por jogo é de R$ 51 mil em média.

Durante a apresentação, Gaciba apresentou lances revisados durante o Campeonato Brasileiro e divulgou áudios das conversas entre os árbitros durante a tomada de decisão. Ele explicou como os procedimentos acontecem para tentar tirar dúvidas sobre a utilização do VAR e a tecnologia do impedimento, a mesma utilizada na Copa do Mundo.

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Autor: Sérgio Corrêa

Árbitro na Federação Paulista de Futebol (1981-2001) e da Confederação Brasileira de Futebol (1989 a 2001); Ocupou cargos administrativos no Sindicato dos dos Árbitros de futebol-SP, entre 1990-93 e 1996-03, Eleito e reeleito presidente para dois mandatos: o primeiro compreendido entre 03/02/2003 a 08/04/207 e o segundo, de 09/04/2007 a 08/04/2011. Deixou a função para assumir a presidência da CA-CBF. Pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol ocupou os cargos de secretário-geral, entre 25/10/1997 e 13/05/2003. Na Comissão de Arbitragem da CBF, foi secretário-geral entre 28/10/2005 e 06/08/2007. Nomeado presidente da CA-CBF em duas oportunidades, a primeira entre 07/08/2007 a 22/08/2012, e a segunda, de 13/05/2014 a 28/09/2016. Também foi diretor-presidente da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, entre 07/01/2013 a 12/05/2014. Chefiou o DA de 22/08/12 a 25/04/22 e liderou o projeto de árbitro assistente de vídeo junto a FIFA de 15/09/2015 a 25/04/2022. Retornei do Rio de Janeiro, em 28/04/2022. Missão cumprida !

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