Psicologia esportiva…

…. como aliado na atuação da arbitragem no futebol

Árbitras e assistentes têm aulas de psicologia esportiva durante o 1º Curso Regional para arbitragem feminina da CBF

1º Curso Regional para árbitras e assistentes da CBF - Treino de campo

Créditos: Laura Zago

Atuar como árbitra ou assistente é estar diante de um trabalho que tem como elementos principais a pressão e a exigência. Em uma fracção de segundos uma decisão precisa ser tomada. Não é uma tarefa fácil e, por isso, os profissionais estão cada vez mais se capacitando, seja fisicamente ou psicologicamente, ou contando com apoio da tecnologia, com o árbitro de vídeo (VAR). A CBF promove, até este domingo (21), o 1º Curso Regional para árbitras e assistentes da CBF, apoio da Federação Catarinense de Futebol (FCF). Entre as aulas e atividades ministradas uma se destaca: a psicologia esportiva.

A ideia é ajudar as profissionais a lidarem com situações de estresse do jogo, buscando auxiliar na manutenção do foco ao longo de toda a partida, sem que a pressão da torcida atrapalhe o desempenho da árbitra ou assistente. A psicóloga Mayron Gotardo acompanha a arbitragem da FCF e traça planos de trabalho para ajudar no exercício da função.

– Traçamos um plano de trabalho a partir de uma análise que fazemos com cada um. Avaliamos a partir de testes psicológicos a atenção, a personalidade e os aspectos motivacionais para ver como esse árbitro/assistente está no momento. Nós buscamos melhorar o desempenho com treinos mentais e aspectos emocionais para auxiliar na tomada de decisão e no tempo de reação de resposta – explica Mayron.

Assistente desde os 21 anos, Luiza Reis sente na pele o que é a pressão de trabalhar na arbitragem há nove anos. Federada pelo Rio Grande do Sul, neste ano, atuou em mais de dez jogos do Campeonato Gaúcho da primeira divisão. Junto com a psicóloga Marta Magalhães, da Comissão de Arbitragem da CBF, ela vem trabalhando com exercícios mentais para ajudar no desempenho em campo.

– Tem me ajudado demais, principalmente, em conseguir focar apenas no que está acontecendo dentro do campo, sem perder o foco ou a atenção com o que acontecem fora. Ou até mesmo com algum erro que possa ter acontecido e poderia prejudicar no restante da partida – analisa Luisa.

Psicologia esportiva como aliado na atuação da arbitragem no futebolPsicologia esportiva como aliado na atuação da arbitragem no futebol
Créditos: Laura Zago

Dividir a vida profissional de árbitro/assistente com a pessoal é um outro desafio. Além de trabalhar para que não carreguem as questões do jogo, como pressão ou ofensas, para o seu dia a dia, as psicólogas também exercitam o emocional para que hajam com consciência em momentos de estresse.

– Dentro de campo o árbitro/assistente é o único que não pode “estourar”, eles precisam sempre manter a postura e a firmeza dentro de campo. Então é necessário ter esse momento de acolhimento do profissional, porque ele precisa falar sobre o que aconteceu, como se sentiu dentro do jogo e a psicologia está aqui para oferecer esse acolhimento – conclui Mayron.

1º Curso Regional para árbitras e assistentes da CBF acontece até nesse domingo (21), no Sesi Blumenau, Santa Catarina. Além de seguirem o estudo continuo das regras de jogo, as árbitras e assistentes passaram por testes físicos, treinamento de campo, introdução ao árbitro de vídeo (VAR), e também tiveram aulas de psicologia esportiva.

https://www.cbf.com.br/a-cbf/informes/arbitragem/psicologia-esportiva-como-aliado-na-atuacao-da-arbitragem-no-futebol

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Autor: Sérgio Corrêa

Árbitro na Federação Paulista de Futebol (1981-2001) e da Confederação Brasileira de Futebol (1989 a 2001); Ocupou cargos administrativos no Sindicato dos dos Árbitros de futebol-SP, entre 1990-93 e 1996-03, Eleito e reeleito presidente para dois mandatos: o primeiro compreendido entre 03/02/2003 a 08/04/207 e o segundo, de 09/04/2007 a 08/04/2011. Deixou a função para assumir a presidência da CA-CBF. Pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol ocupou os cargos de secretário-geral, entre 25/10/1997 e 13/05/2003. Na Comissão de Arbitragem da CBF, foi secretário-geral entre 28/10/2005 e 06/08/2007. Nomeado presidente da CA-CBF em duas oportunidades, a primeira entre 07/08/2007 a 22/08/2012, e a segunda, de 13/05/2014 a 28/09/2016. Também foi diretor-presidente da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, entre 07/01/2013 a 12/05/2014. Chefiou o DA de 22/08/12 a 25/04/22 e liderou o projeto de árbitro assistente de vídeo junto a FIFA de 15/09/2015 a 25/04/2022. Retornei do Rio de Janeiro, em 28/04/2022. Missão cumprida !

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