…. como aliado na atuação da arbitragem no futebol
21/04/2019 às 10:00 | Assessoria CBF
Árbitras e assistentes têm aulas de psicologia esportiva durante o 1º Curso Regional para arbitragem feminina da CBF

Créditos: Laura Zago
Atuar como árbitra ou assistente é estar diante de um trabalho que tem como elementos principais a pressão e a exigência. Em uma fracção de segundos uma decisão precisa ser tomada. Não é uma tarefa fácil e, por isso, os profissionais estão cada vez mais se capacitando, seja fisicamente ou psicologicamente, ou contando com apoio da tecnologia, com o árbitro de vídeo (VAR). A CBF promove, até este domingo (21), o 1º Curso Regional para árbitras e assistentes da CBF, apoio da Federação Catarinense de Futebol (FCF). Entre as aulas e atividades ministradas uma se destaca: a psicologia esportiva.
A ideia é ajudar as profissionais a lidarem com situações de estresse do jogo, buscando auxiliar na manutenção do foco ao longo de toda a partida, sem que a pressão da torcida atrapalhe o desempenho da árbitra ou assistente. A psicóloga Mayron Gotardo acompanha a arbitragem da FCF e traça planos de trabalho para ajudar no exercício da função.
– Traçamos um plano de trabalho a partir de uma análise que fazemos com cada um. Avaliamos a partir de testes psicológicos a atenção, a personalidade e os aspectos motivacionais para ver como esse árbitro/assistente está no momento. Nós buscamos melhorar o desempenho com treinos mentais e aspectos emocionais para auxiliar na tomada de decisão e no tempo de reação de resposta – explica Mayron.
Assistente desde os 21 anos, Luiza Reis sente na pele o que é a pressão de trabalhar na arbitragem há nove anos. Federada pelo Rio Grande do Sul, neste ano, atuou em mais de dez jogos do Campeonato Gaúcho da primeira divisão. Junto com a psicóloga Marta Magalhães, da Comissão de Arbitragem da CBF, ela vem trabalhando com exercícios mentais para ajudar no desempenho em campo.
– Tem me ajudado demais, principalmente, em conseguir focar apenas no que está acontecendo dentro do campo, sem perder o foco ou a atenção com o que acontecem fora. Ou até mesmo com algum erro que possa ter acontecido e poderia prejudicar no restante da partida – analisa Luisa.
Psicologia esportiva como aliado na atuação da arbitragem no futebol
Créditos: Laura Zago
Dividir a vida profissional de árbitro/assistente com a pessoal é um outro desafio. Além de trabalhar para que não carreguem as questões do jogo, como pressão ou ofensas, para o seu dia a dia, as psicólogas também exercitam o emocional para que hajam com consciência em momentos de estresse.
– Dentro de campo o árbitro/assistente é o único que não pode “estourar”, eles precisam sempre manter a postura e a firmeza dentro de campo. Então é necessário ter esse momento de acolhimento do profissional, porque ele precisa falar sobre o que aconteceu, como se sentiu dentro do jogo e a psicologia está aqui para oferecer esse acolhimento – conclui Mayron.
O 1º Curso Regional para árbitras e assistentes da CBF acontece até nesse domingo (21), no Sesi Blumenau, Santa Catarina. Além de seguirem o estudo continuo das regras de jogo, as árbitras e assistentes passaram por testes físicos, treinamento de campo, introdução ao árbitro de vídeo (VAR), e também tiveram aulas de psicologia esportiva.