Clubes vetam VAR no Brasileirão-2018

Clubes vetam árbitro de vídeo no Brasileirão-2018; veja como cada um votou

No Conselho Técnico, “venda” de mando de campo e uso de grama sintética são liberados na Série A


Por Martín Fernandez, Rio de Janeiro

 

Por motivo econômico, não haverá árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro de 2018. A decisão foi tomada por representantes dos 20 clubes da Série A em reunião do Conselho Técnico da competição, realizada nesta segunda-feira na sede da CBF, no Rio de Janeiro. O placar foi 12 a 7 contra o VAR, além de uma abstenção.

A CBF queria que os clubes pagassem pela implantação da tecnologia, que corrige marcações e dúvidas da arbitragem em determinados tipos de lances, como gol, pênalti, aplicação de cartão vermelho e identificação de atletas O custo estimado para os 380 jogos da Série A era de R$ 20 milhões.

– Vetar foi uma decisão da maioria, pelo custo elevados para os clubes. Para cada clube, (o árbitro de vídeo) custaria R$ 500 mil apenas para o segundo turno, ou R$ 1 milhão para o campeonato inteiro. Decidimos esperar a observação na Copa do Mundo e talvez implantar no Brasileiro do ano que vem – explicou o presidente do Vasco, Alexandre Campello.

No entanto, haverá árbitro de vídeo a partir das quartas de final da Copa do Brasil, com custo bancado pela CBF.

Veja como foi a votação sobre a implantação do VAR no Brasileirão:

  • A favor: Flamengo, Botafogo, Bahia, Chapecoense, Palmeiras, Grêmio e Internacional.
  • Contra: Corinthians, Santos, América-MG, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará.
  • Não votou: São Paulo (o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva tinha ido embora no momento dessa votação).

– O Bahia foi favorável mesmo que tivesse que pagar por isso, mesmo que houvesse um custo alto. A gente defendeu o modelo, porque o prejuízo mesmo acontece quando há um erro contra o clube ou contra o futebol – afirmou o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani.

No ano passado, uso do VAR foi demonstrado pela CBF (Foto: Beto Azambuja/GloboEsporte.com)No ano passado, uso do VAR foi demonstrado pela CBF (Foto: Beto Azambuja/GloboEsporte.com)

No ano passado, uso do VAR foi demonstrado pela CBF (Foto: Beto Azambuja/GloboEsporte.com)

Em setembro do ano passado, após o Corinthians vencer o Vasco com um gol de braço de Jô, a CBF prometeu implantar o árbitro de vídeo durante aquele Brasileirão. Um mês depois, como não havia condições de usar o recurso em todas as partidas da mesma rodada, a ideia foi adiada – a entidade chegou a promover demonstrações e cursos. O VAR esteve à disposição na final da Libertadores, entre Grêmio e Lanús.

Duas mudanças

Em outra decisão conjunta, os clubes liberaram a “venda” de mando de campo no Brasileirão deste ano, com algumas restrições:

  • os times só poderão atuar cinco vezes fora de seu estado de origem em seus 19 jogos de mando;
  • os times só poderão mandar jogos fora de seus estados se houver a concordância do visitante;
  • os clubes não podem vender o mando de suas últimas cinco partidas no campeonato.

No ano passado, nenhum clube pôde mandar partidas fora de seu estado.

Arena da Baixada, do Atlético-PR é o único estádio da Série A com grama sintética (Foto: Gabriela Ribeiro)Arena da Baixada, do Atlético-PR é o único estádio da Série A com grama sintética (Foto: Gabriela Ribeiro)

Arena da Baixada, do Atlético-PR é o único estádio da Série A com grama sintética (Foto: Gabriela Ribeiro)

 

Outra decisão do Conselho Técnico foi liberar o uso de grama sintética em jogos do Brasileirão. A Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR, é o único da Série A com esse tipo de piso.

O regulamento de 2017 previa que haveria um veto ao uso de grama sintética em 2018, mas a reunião deste ano reverteu essa decisão.

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Autor: Sérgio Corrêa

Árbitro na Federação Paulista de Futebol (1981-2001) e da Confederação Brasileira de Futebol (1989 a 2001); Ocupou cargos administrativos no Sindicato dos dos Árbitros de futebol-SP, entre 1990-93 e 1996-03, Eleito e reeleito presidente para dois mandatos: o primeiro compreendido entre 03/02/2003 a 08/04/207 e o segundo, de 09/04/2007 a 08/04/2011. Deixou a função para assumir a presidência da CA-CBF. Pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol ocupou os cargos de secretário-geral, entre 25/10/1997 e 13/05/2003. Na Comissão de Arbitragem da CBF, foi secretário-geral entre 28/10/2005 e 06/08/2007. Nomeado presidente da CA-CBF em duas oportunidades, a primeira entre 07/08/2007 a 22/08/2012, e a segunda, de 13/05/2014 a 28/09/2016. Também foi diretor-presidente da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, entre 07/01/2013 a 12/05/2014. Chefiou o DA de 22/08/12 a 25/04/22 e liderou o projeto de árbitro assistente de vídeo junto a FIFA de 15/09/2015 a 25/04/2022. Retornei do Rio de Janeiro, em 28/04/2022. Missão cumprida !

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