Profissioalização e AV

Comissão rechaça árbitros profissionais e considera tecnologia “muito chata”

26 SET2014, às 15h12 – atualizado às 15h32
Em meio a um Campeonato Brasileiro recheado de pênaltis polêmicos, a Comissão de Arbitragem da CBF resolveu enfim se pronunciar por meio de seu presidente, Sérgio Corrêa. Ao canal Sportv , o mandatário opinou sobre a possível adoção da tecnologia no futebol, além de assegurar que a profissionalização dos apitadores é inviável.”Vai acabar com a discussão e o futebol vai ficar muito chato”, argumenta, pontuando os prós e contras que acredita girarem em torno do uso da tecnologia. “Vai tornar o futebol mais justo, mas vai perder a graça. Neste sistema que o árbitro está enfrentando, se não tiver a tecnologia, não temos mais limites para tornar o árbitro mais respeitado”, completa.

A possibilidade voltou a ser assunto principalmente porque a orientação quanto ao toque de mão mudou. Os árbitros passaram a considerar com mais rigor jogadas deste tipo, o que acarretou em pênaltis polêmicos nas últimas rodadas. Desta forma, a CBF passou inclusive a ser questionada quanto a tratar os árbitros de forma profissional, mas Sérgio Corrêa não acredita ser possível. “A questão da profissionalização traz outros problemas: a dimensão continental do país, a quantidade de árbitros disponibilizados para as competições”, defende. “A CBF não tem árbitro, pega emprestado de outras federações e eles vêm de competições tecnicamente não tão fortes como o campeonato nacional”, tenta explicar, tentando isentar de culpa a entidade máxima do futebol nacional.

A discussão aborda exatamente o ponto tratado pelo presidente da Comissão de Arbitragem. A CBF não trata de preparar seus árbitros e opta apenas por “emprestá-los” das federações associadas. Também não considera a profissionalização, segundo Sérgio Corrêa, por questões financeiras. Assim, quem tem sofrido é o Campeonato Brasileiro.

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Autor: Sérgio Corrêa

Árbitro na Federação Paulista de Futebol (1981-2001) e da Confederação Brasileira de Futebol (1989 a 2001); Ocupou cargos administrativos no Sindicato dos dos Árbitros de futebol-SP, entre 1990-93 e 1996-03, Eleito e reeleito presidente para dois mandatos: o primeiro compreendido entre 03/02/2003 a 08/04/207 e o segundo, de 09/04/2007 a 08/04/2011. Deixou a função para assumir a presidência da CA-CBF. Pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol ocupou os cargos de secretário-geral, entre 25/10/1997 e 13/05/2003. Na Comissão de Arbitragem da CBF, foi secretário-geral entre 28/10/2005 e 06/08/2007. Nomeado presidente da CA-CBF em duas oportunidades, a primeira entre 07/08/2007 a 22/08/2012, e a segunda, de 13/05/2014 a 28/09/2016. Também foi diretor-presidente da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, entre 07/01/2013 a 12/05/2014. Chefiou o DA de 22/08/12 a 25/04/22 e liderou o projeto de árbitro assistente de vídeo junto a FIFA de 15/09/2015 a 25/04/2022. Retornei do Rio de Janeiro, em 28/04/2022. Missão cumprida !

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