Sérgio Corrêa diz que árbitro de vídeo pode ser adotado no Brasil até 2018: ‘Sem pressa’
Em entrevista exclusiva ao FOX Sports, nesta quinta-feira (26 de janeiro), o chefe do departamento de arbitragem da CBF revelou que as medidas estão em testes, mostra cautela e pede apoio dos clubes para uso em competições nacionais. Veja!
Uso de árbitro de vídeo no Brasil deve estrear só em 2018, diz CBF
GUILHERME SETO, LUIZ COSENZO E MARCELO QUAZ
DE SÃO PAULO – 14/12/2016 22h54
A utilização de árbitros de vídeo em partidas de futebol, que estreou no Mundial de Clubes e já causou polêmica na derrota do Atlético Nacional (COL) para o Kashima Antlers, também tem um projeto em andamento no Brasil.
Solicitado junto à Fifa no ano passado, no entanto, ele só deverá ser implementado no Brasil em torneios de 2018.
“No modelo que estamos propondo, o árbitro de campo não precisa ir a uma cabine rever o lance [como acontece no modelo holandês]. A comunicação externa com ele é feita via ponto eletrônico. Ter que parar para rever uma jogada vai contra a dinâmica do futebol”, diz Sérgio Corrêa, que coordena o projeto de uso de vídeo na CBF.
Ele diz aguardar uma revisão do protocolo da Fifa após o término do Mundial de Clubes para saber se o modelo proposto pela CBF será aceito.
Segundo Corrêa, o Brasil teria estrutura para a partir agosto do ano que vem usar a tecnologia. Ele argumenta, porém, que em razão do treinamento dos árbitros isso só deve ser feito em de maio de 2018.
Até agora, a Fifa autorizou para agosto de 2017, começo da próxima temporada europeia de futebol, o uso do vídeo para tomada de decisões.
“Só que no Brasil começamos o campeonato em maio. Seria preciso, além de treinamento e compra de equipamentos, que os times aceitassem jogar o segundo turno do Brasileiro com uma regra diferente”, disse Corrêa.
Em maio deste ano, nas duas partidas da final do Campeonato Carioca entre Vasco e Botafogo, foram feitos os primeiros e únicos testes off-line -quando não há comunicação entre o juiz em campo e o árbitro de vídeo e, portanto, não existe na prática interferência nas decisões.
Atualmente, ao menos 12 países realizam testes do tipo em jogos de futebol. O modelo usado na Holanda é o que está sendo adotado pela Fifa no Mundial de Clubes.