26/04/2016 13h02 – Atualizado em 26/04/2016 16h07
Presidente de comissão de arbitragem: Brasil está pronto para usar tecnologia
Sérgio Corrêa diz que CBF tem pressa em obter autorização e poder contar
com o auxílio de vídeos: “O árbitro é um ser humano, não tem olho biônico”

Presidente da Comissão de Arbitragem de Federação Portuguesa, Vitor Pereira também participou do evento na CBF, chamado “Semana do Futebol”, e destacou a necessidade de aumento dos recursos. Segundo ele, os árbitros têm cada vez mais dificuldades, e as cobranças não diminuem.
– O futebol começou com um, passou para três, depois foi o quarto árbitro, agora tem os árbitros adicionais, ou seja, já são seis, e todos podem decidir pênalti, cartão vermelho. Esse aumento tem a ver com o aumento da dificuldade da decisão porque o futebol evoluiu, é mais forte, é mais rápido, é jogado em menor espaço, e isso aumenta a dificuldade e leva com que a arbitragem corra atrás e procure continuar dentro da expectativa, que é decidir quase tudo na perfeição. Isso que procuramos, aumentar o número de árbitros e aumentar a tecnologia de modo que ajude o árbitro na decisão – afirmou.
O brasileiro Wilson Seneme, membro da comissão de arbitragem da Conmebol, vê a tecnologia como uma aliada, mas lembra que sua utilização serve como um complemento. Para ele, 90% dos erros podem ser atribuídos a questões ligadas (direta ou indiretamente) ao posicionamento do árbitro.
– São dois pontos importantes que considero: mal ângulo de visão e distância da jogada. Se o árbitro tem proximidade da jogada, e bom ângulo de visão, mais fácil que ele acerte… isso não garante nada. E aí vem a tecnologia que efetivamente pode entrar nesses 10%, que são lances difíceis, e que pode ajudar – afirmou.